Já temos provas mais que dadas perante o mundo, do nosso talento e da capacidade criatividade, nas mais variadas áreas, tais como: arquitectura, indústria da moda e do calçado, tecnologias de informação e informáticas, telecomunicações, electrónicas, investigação e metodologias inovadoras na saúde, música, artes, representação, literatura, energias renováveis, futebol, variadas áreas de investigação em projectos de carácter científico, entre outras... Chega de atitudes complexadas de inferioridade e de submissão e vamos de uma vez por todas, fazer valer o nosso valor, encher o peito e conquistar uma posição de respeito e a respectiva equidade que merecemos. Mas como tal, o exemplo deveria partir de cima!…
Na minha opinião, que por convicção acredito ser uma opinião global, resume-se á crescente desconfiança nas máquinas do poder, independentemente da cor partidária, que se traduz numa zona franca com um umbigo na ponta do nariz. Falta-lhes sentir o aroma da terra, o cheiro da brisa do mar e o pulsar do povo. Está viciadamente perra, fechada em si mesma e distante do verdadeiro âmago das questões reais, do país real. A sociedade civil dá assim o exemplo, começando finalmente a ter relevo nas iniciativas por mérito próprio e assume-se cada vez mais globalizada e competitiva. Ocorre-me um provérbio bem português, que retrata com exactidão esta situação em que vivemos ultimamente, que é: “ a carroça á frente dos bois…”
As únicas vezes que vemos o estéril figurativo recheio do parlamento no terreno, é em inaugurações com jantares e eventos de gala á borla ou nas alturas de eleições, como que uma procissão de marionetas em maratonas de visibilidade, repetindo um modelo desgastado com 35 anos, em vez de se dignificarem em disponibilizar tempo, para se abrirem á discussão externa, escutarem e sentirem “in loco” os cidadãos nas suas preocupações e projectos. É fundamental construir estratégias sólidas a longo prazo na Europa, em função das características de cada país. Eu arrisco-me a declarar que a Europa neste momento, assemelha-se a uma manta de retalhos como que uma estampa de países, á semelhança do padrão de um “Kilt” preso por suspensórios em dia de vendaval. Se a zona Euro não converge nas suas políticas de união, sugiro que no mínimo a tanga dos portugueses mais estáticos, comece a ser… de aço!
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