terça-feira, 31 de maio de 2011

Geração "en tenda"!

Desde a “primavera árabe”  nos países de tendência maioritariamente muçulmana, até mais recentemente na nossa versão, o “verão Europeu”, nas várias cidades como Lisboa, Madrid, Paris, e a adicionar mais algumas que virão… juntaram-se várias gerações dentro da mesma geração, quase que numa harmonia intemporal. Embora sem partilharem as mesmas ideologias religiosas, etnológicas ou políticas, envolveram-se  num idealismo comum de revolução pacífica, ao estilo dos anos 60 emoldurado numa tela de woodstock, com a vontade de marcar e influenciar legitimamente uma mudança, de um modelo de sociedade global cada vez mais disfuncional e insustentável a nível ecológico e ambiental, económico, social, cultural, humano, etc
A tendência está no regresso aos moinhos de vento para gerar energia; reactivar profissões primárias, como por exemplo a necessidade do cultivo de terrenos rurais ou mesmo urbanos, englobados no conceito de hortas comunitárias para a alimentação básica e com isso uma gestão consumista; convívios de proximidade e a criação de laços entre essas mesmas comunidades; optar pelo uso da bicicleta como meio de transporte, etc… Se fizermos uma análise e um resumo sumário dos acontecimentos mundiais mais marcantes nos últimos tempos, podemos registar uma crescente actividade hostil e desregulada do planeta, como que a reclamar respeito pelo mau tratamento que o homem tem exercido, sem pensar no impacto e nas consequências que daí advêm! 
Se continuarmos essa análise global, mesmo os mais distraídos se apercebem também, de algumas movimentações virais económicas e financeiras criadas em bazares bacteriológicos, chamados de organizações ou agentes de cariz mediático e de ideais enigmáticos, como é o caso da, Nato, G8, Washington, Bruxelas, Kremlin, Pequim, sector bancário, afins & associados… Mesmo que tentem maquilhar diplomaticamente discursos para opinião pública, os acordos das mais valias serão sempre a supremacia pelos recursos naturais, principalmente pelo petróleo. Passa quase a sensação, de uma anarquia organizada por hierarquias prepotentes, alheias e estagnadas de visões sãs, sem antevisões para soluções exequíveis em bases sólidas e de preservação de valores.
No entanto temos que admitir que o mundo continua a evoluir e mal de nós se assim não fosse! O grande entrave é que a maior parte das vezes, os grandes e notáveis pensadores, não são os protagonistas com a capacidade da decisão… Assistimos sim a nível mundial, a um crescente défice de liderança inteligente e equilibrada, falta de propostas consistentes, construtivas e objectivos de aplicação prática, ausência de união e convergência global nos pontos essenciais ao desenvolvimento sustentado. Precisamos de interacção e mobilização geral entre as várias camadas da sociedade. Segundo as leis da física, supostamente os opostos atraem-se. Deveria então haver um aproximar dos governos com carga negativa… aos seus povos de carga e força positiva!
Para quem não entenda tudo isto, pode sempre acampar numa qualquer praça… en tenda!

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