quarta-feira, 25 de maio de 2011

Travessa cheia ou meia dose?

Dependendo é claro... do estomago de cada um, a desonestidade tem um sabor amargo e difícil de
engolir. Cria azia e más disposições. É nocivo á saúde da alma. Atrevo-me até a dizer, que corroi por dentro! Assemelha-se a um ninho de lombrigas de arame farpado, que rasga á medida que se vai digerindo...e entranha-se cada vez mais, até fazer parte integrante e indiferente da vida do seu hospedeiro.

Chamo a isto contágio! Mas no pior sentido da palavra e do contexto em que se insere. Poderia dar aqui inúmeros exemplos e de certo que alguém já passou de uma forma ou de outra por algumas situações.
Uns mais... outros menos, mas muito poucos ou até nenhuns, se podem orgulhar e dizer que nunca foram enganados, através da palavra ou por acções. Mas a verdade costuma prevalecer e a consciência é pesada!

Mas afinal o que quero dizer com isto? Pois!... Talvez por pensar que existia ainda muitas pessoas como eu, coerentes e verdadeiras, assumindo os seus valores e princípios, nem reparava em sinais que abundavam em situações várias do meu dia a dia... até começar a me sentir incomodado e ter a precepção de tanta falta de compromisso á palavra dada e da banalidade com que se ignoram despreocupadamente tais atitudes...

Reparo, na falta de consistência e na leviandade das promessas feitas por políticos...
Reparo, numa crescente desordem e no caos instalado em cada vez mais países...
Reparo, no bombardeamento de notícias e conversas, inspiradas na superficialidade...
Reparo, no egocentrismo, desprezando conceitos de ética, respeito, amizade, solidariedade...
Enfim, reparo como o termo, "salve-se quem puder", está cada vez mais presente...

Até que ponto, teremos o discernimento para nos conhecermos o suficiente, de tal maneira a sabermos equilibrar as nossas virtudes com os nossos defeitos,a fim de podermos conseguir controlar certas atitudes desproporcionadas em sociedade? Tenho a certeza que sem nos considerarmos moralistas ou até angelicamente tolerantes, podiamos contribuir para que também em simultaneo nos possamos sentir melhor!

E porque a razão principal de acreditar nos outros e em nós mesmos é a confiança... para mim aceito:

Travessa cheia!

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