terça-feira, 31 de maio de 2011

Quem anda á molha... chuva-se!

Na recta final de uma mini maratona legislativa frenética e discutida ao sprint, somos de forma agressiva e massiva, acariciados por repetidos espirros de uma pornografia platónica e filosófica, clamada e proclamada em voz rouca, pelos vários “tiriricas” da respeitabilidade, apelando ao voto e fazendo em cada cidade por onde passam, as suas arenas de obscenidade verbal e de retórica, convencidos ainda… que conseguem fazer prevalecer, perante um eleitorado cada vez mais acordado, os seus “shares” de audiência de “reality shows” e de egos empobrecidos, desprovidos de conteúdo!

Tornou-se claro que as expectativas são elevadas perante um cenário incerto, quanto á capacidade de entendimento e competência governativa dos magos desta república... Por esta razão e por tantas outras já sobejamente conhecidas, a palavra mais ouvida é: Crise! È a crise para aqui... crise para ali… e deixa-se para segundo plano um termo que é conhecido, mas nem sempre enfrentado com a devida coragem, que é: “A crise traz oportunidades”. E as consequências das inerentes e naturais preocupações, deveria ser precisamente, o concentrar na busca de acções e soluções perante os problemas.

Salvo certas situações de alguns corações fossilizados ainda em vida e de uma triste solidão de pensamentos, que nem sempre se reconhecem ou se assumem, o “Tuga” tem uma faceta que o caracteriza e diferencia positivamente, que é sermos um povo desenrascado. È curioso, que mesmo depois de muita energia gasta em escárnio e maledicência, a alternativa é sempre a mesma… aceitar repetidamente as exigências alheias que nos são impostas! Sugiro então, que se converta essa força e a tecnologia da sabedoria, em iniciativas próprias na construção útil de projectos e sonhos pessoais.

O medo de arriscar é legítimo e um sinal de racionalidade e de responsabilidade, mas quando acreditamos em nós próprios, não pode ser impeditivo de sentir a adrenalina do empreendorismo e de crescer interiormente. Há que viver em vez de sobreviver! O tempo não pára, o sol continua a nascer todos os dias e a meteorologia é algo que não podemos alterar. Mas o rumo e o destino está nas atitudes e decisões de cada um. O ano tem 4 estações e neste momento já não sabemos se chove em Agosto ou se temos bons dias de sol em Dezembro…por isso eu entendo a inércia, como um trocadilho de desculpas igual a nada. Resumidamente, um limbo entre o ser… ou não ser capaz!

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