quarta-feira, 20 de julho de 2011

Andava o desgraçadinho no gamanço...

Ahh… não tem nada a ver! Desta vez não vou relacionar o título ao texto, nem falar desse tipo de corrupção. Também não vou fazer referências catastróficas ou de carácter fatalista, porque que não é meu apanágio. Já basta a publicação diária, do mau gosto de alguma imprensa, a plagiar autênticas marcas passadas da excentricidade do ridículo, como era o caso dos jornais “crime” e “incrível”! Aliás… repugna-me notícias com títulos hediondos a roçar o grosseiro, do espectáculo sensacionalista e degradante da comunicação social, na exploração excessiva de atrocidades com vista ao lucro sem escrúpulos, isentos de sensibilidade e de capacidade selectiva, sem qualidade de informação rigorosa e credível, a não ser simplesmente… o exercício do jornalismo doentio de baixo nível sem o mínimo de respeito, apenas no intuito de causar impacto e captar a atenção das personalidades mais vulgares e gelatinosas.


Já basta também, as televisões descarregarem e esgotarem repetidamente certas polémicas noticiosas ou formatos de alguns programas, que promovem a banalidade e se premeiam pela ignorância até á exaustão! Espanta-me a dedicação de todas estas redacções, a realçar a emancipação do lado sombrio e fútil da sociedade. Destacam com relevo e importância maior, uma insanidade inconsciente e ligada a uma percentagem menor, assim como uma grande parte de acontecimentos insignificantes exaltados por cargas dramáticas negativas, que não faz jus á liberdade de expressão com dignidade e se torna um atentado á perspicácia do bom senso público. Não quero com isto menosprezar as chamadas de alerta para alguns factores da sociedade e tenho muito respeito pelos sentimentos dos envolvidos em situações menos boas da vida. Mas considero que as influências e o eco que estes meios têm nas “massas”, poderiam ser canalizados com abordagens diferentes, utilizadas como uma ferramenta de inteligência e criatividade original ( elogio no entanto algumas iniciativas ), para um contributo bem vindo e valido de pro-actividade, na transmissão de optimismo através do destaque e exemplo de iniciativas empreendedoras, na pedagogia e educação cívica.
Numa altura em que se clama promiscuidade aos ventos pelas sementes da mudança, acredito que os portugueses e a sua envergadura heróica, vão ter uma acrescida e enorme capacidade de sacrifício, para superar com charters de coragem e determinação as tempestades que aí vêm! Neste contexto de apelo á unidade nacional, sem sermos obviamente ingénuos e alvos de oportunismos desmedidos, espero que haja entre todas as classes sociais, verdade, entendimento e uma cumplicidade solidária forte. Portugal está ferido num oceano de tubarões e como tal, não existe vantagem alguma em alguns radicais “ferro & fogo”, se manifestarem através de greves irresponsáveis. Essas atitudes asfixiam ainda mais uma economia que nos deve oxigenar, em vez de nos fragilizar e desprestigiar. Nunca como antes, a esperança no futuro dependeu tanto da fibra incutida no presente! De certo não vamos querer agravar diferenças ainda maiores e deixar uma herança pesada às gerações vindouras.
Desfrutamos de um clima agradável, temos óptimas praias, campo, paisagens serranas, uma gastronomia de excelência e acima de tudo, entre pequenos grandes defeitos a corrigir, somos um povo maioritariamente conotado pela honra, de natureza pacífica e com uma alma grandiosamente nobre. A suposta mobilização colectiva, vai-se destacar seguramente pela necessidade do uso de pó talco e pomadinhas para certos sectores da sociedade, até agora habituados a serem paparicados com água de malvas, em contradição ao calo de muitos outros, que já se habituaram a ripar das urtigas e lá vai disto!... Sublinho pois, a necessidade desta nova geração governamental, ter a obrigação de ser minuciosa e coerente, manter uma relação de proximidade, de diálogo e inspiradora de confiança perante os portugueses, justificando com resultados práticos, regularidade e transparência, as exigentes decisões que vierem a ser tomadas. Mas atenção…a impunidade diplomática de alguns, não deve servir como um protectorado de escrutínio judicial e de actos irresponsáveis, que acarrete preços altíssimos a suportar por todos.                 
Em virtude da necessidade de rigor que se impõe a Portugal e para que não nos comparem falsamente á Grécia, espero que os gladiadores épicos e obsoletos, instalados em anfiteatros e coliseus de arquitectura puramente sindical ou ideológica, se concentrem na manutenção do caminho para a bonança, marcando pela diferença a motivação á paz social nas medidas de concertação e convergência de interesses que nos são legítimas, em vez de justificarem supostas crises existenciais através de demonstrações de arrufos, resistências irritantes fora de contexto, sem sentido produtivo, vazio de inteligência e sem desenvolvimento intelectual. O significado de liberdade caracteriza-se na sua essência, pela supremacia do respeito e na igualdade de direitos. Apesar de tudo, este ainda é o nosso cantinho á beira-mar plantado!  Situados entre a subida do nível dos Oceanos e o degelo da Europa, que mais parece um glaciar a sofrer igualmente de subidas de temperaturas e dilúvios de temperamentos… será que teremos que construir uma nova arca de Noé ao estilo futurista?!

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