quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Pssssst...hei...Tico?! Acorda o Teco!

Fico completamente petrificado com tanta asneira que se comenta por este país fora! Se me considero um indignado? Claro que sim!... Mas de uma maneira muito mais abrangente do que apenas criticar, tentando conhecer as razões, questionando fundamentos e objectivos práticos, fazendo também uma reflexão interior e uma análise profunda de mim próprio em busca de responsabilidades e soluções alternativas. Inacreditavelmente e mesmo perante todas as dificuldades com que somos confrontados, continuo a assistir a uma descarga cerebral líquida, por parte de um vasto leque de comentadores, alguns perigosamente agiotas dos “media”, com perturbações gástrico intestinais e com responsabilidades kamikazes na sociedade, a que eu chamo treinadores de bancada da liga dos últimos, teimosamente agarrados a discursos engravatados e desgastados com o passar dos anos, sem se aperceberem que nesta galáxia o planeta Terra já virou mais um milénio e a vida não pode estagnar em torno de pensamentos sectários e individualizados. Muita coisa tem de mudar e isso é por demais evidente na mobilização de uma nova geração global, cada vez mais interessada e sensível na participação de um empreendedorismo conjunto a novas medidas, para uma renovação sustentável de modelos já caquecticamente esgotados.
De uma certa forma generalizada e de uma maneira ou de outra, nas últimas décadas uma boa camada da população portuguesa habituou-se a uma vida protegida á sombra do Estado e hábeis em contornar obstáculos através da manipulação das leis e de esquemas ardilosos em seu benefício, sem se preocuparem que vivemos em sociedade onde todas as acções que se tomam têm as suas naturais consequências, que muitas vezes completam o ciclo e repercutem-se contra os seus autores mesmo que de uma maneira indirecta. Sinto repulsa e revolta na ausência de disciplina e impunidade legal com que certos cargos dirigentes, políticos, gestores públicos e administradores de instituições financeiras se enredam nas frágeis acessibilidades e tentadoras malhas da corrupção, na abusiva utilização dos vastos benefícios e recursos alheios á sua disposição, assim como inúmeras decisões danosas sem escrúpulos nas suas aplicações. Sou igualmente contra os empresários que promovem o trabalho precário, ignorando muitas vezes com atitudes desumanas e carrascas, que dessa maneira o bem-estar das pessoas e o estímulo consequente á sua produtividade diminui, assim como o seu poder de compra no mercado interno, afectando um ciclo económico que se reflecte nas famílias e também na rentabilidade das próprias empresas.
Fico boquiaberto quando o destino de uma Europa constituída por 27 países, é desrespeitosamente auto assumida á revelia e menosprezo dos seus supostos líderes, por uma Alemanha arrogante e manipuladora de intelectualidades a fazer lembrar outros tempos tal como uma França que sofre de complexo de inferioridade e sedenta de afirmação. Mas sou principalmente e de uma maneira cabal contra, visões limitadas, conformismos almofadados e acima de tudo consciências desfasadas da realidade. Não obstante o crescente desemprego, as economias em recessão, o desmembramento da vida e do mundo que conhecíamos e manifestações em prol da manutenção de direitos justamente adquiridos, considero esta crise mundial benéfica para um choque de mentalidades e um aumento de competitividade na dinâmica da inteligência, motivação e iniciativa, inovação, mais responsabilidade nas decisões financeiras e perceber que a sorte do que podemos atingir… dá muito trabalho. Portanto, mais uma vez saliento que compensa contrariar o ócio dos neurónios, numa antevisão projectada a novos horizontes, atitudes mais pró-activas no sentido da mudança e na troca da lamparina ao fundo do túnel… por um holofote de confiança!

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Paixão & Canela

A paixão é uma reacção química de energia renovável, limpa, sem aditivos e disponível na natureza humana. È como uma especiaria transversal que condimenta, um selectivo ambiente á luz de velas e de frutos vermelhos com chantilly, um banho de essências e pétalas de rosas,  incensos de canela que aromatizam e estimulam… Enfim, desperta-nos o chocolate dos sentidos e envolve-nos numa atmosfera de maresia emocional comparável aos dias solarengos de primavera. Transforma dias de chuva em arco-íris de sorrisos, que espelham e irradiam cores vivas no olhar. São sensações doces que nos preenchem e que nos fazem crescer, onde a atenção aos pormenores passa a ter outra dimensão e que nos catapulta para agarrarmos o horizonte na palma da mão… 
 
Num mundo perfeito, este floreado de palavras é como um murmúrio de um búzio impregnado de romantismo e assemelha-se a um jardim em flor regado, cuidado e tratado com carinho, assim como refeições de felicidade que nos saciam e alimentam diariamente. Quando esta paixão é aliada ao amor… então é uma força motriz poderosíssima de dopamina! Seja nas relações inter-pessoais de afectos (não  confundir com polinizações de testosterona…), seja em projectos de vida, de trabalho ou de importância pessoal, a vontade e a dedicação dispendida nas acções realizadas com gosto e empenho, normalmente dá frutos, cujo sumo amadurece-nos o paladar. Essa é a cumplicidade baseada na capacidade de acreditar nos sonhos e a emoção de os conseguir desfrutar.
Mas na verdadeira realidade, existe a formiguinha e a cigarra, as abelhas e as vespas, a fruta e a mosca, homens e mulheres de barba rija (salvo seja) … e amostras de gente! Sem dúvida que todos têm as suas características e o seu papel na diversidade própria a uma sociedade aberta, ora fluorescente, ora decadente! O que não suporto mesmo, é o pessimismo de quem apenas vê a vida a preto e branco, pregados no tempo ou noutros tempos, ofuscados pelas palas laterais nos olhos como alguns quadrúpedes, mas que esgrimem argumentos de crítica derrotista no direito á mudança, daqueles que não têm medo de ganhar asas e arriscar numa vida diferente e que faça ênfase á complementaridade do valor interior de cada um.

Personificando um pouco o mundo animal em “velhos do Restelo” e outros zombies que tais… posso até fazer uma comparação com a semelhança de alguns elefantes de orelhas abelhudas e em forma de leque para arrefecer invejas, acenando trombas cinzentas de frustração disfarçadas pelo cinismo e guiados metodicamente pela moral do cérebro nas patas! São espectadores incapazes chamados de fala-barato, de pragmatismos cáusticos e donos de supostas razões muitas vezes difíceis de entender, com um vincado carácter tipo… carapaça de tartaruga em cativeiro, mas orgulhosamente sábios de uma submissa filosofia de quintal.   

Resumindo : O grande défice de quem tem nozes e mais grave do que a falta de dentes… é a falta de visão da vida!


A selecção das meias altas!

Não me refiro ao 11 do novo executivo. Esse, além das meias altas vai precisar de umas galochas e um impermeável de teflon, para fazer uma travessia audaz num circuito de lodo de clientelismos e de granizo social, onde muita gente tem telhados de vidro, mas que insistem em andar com a fisga no bolso de traz… Quero antes realçar e saudar a nossa selecção desportiva! Numa fase em que Portugal está ofuscado e fora de forma, os nossos atletas arregaçam as mangas e á maneira futebolística calçam as caneleiras, puxam as meias para cima prontos para o desafio… e brilham! Honram a camisola das quinas e conquistam medalhas entre os melhores de vários países, nas mais variadas competições. Pessoalmente, posso ser adepto de um estilo de critica que considero construtiva e de alerta em relação ao que não acho ser o mais correcto… mas não abdico nem me canso de elogiar o que de bom temos e fazemos!

E porque nem tudo é Ronaldo, Mourinho (e mais recentemente com valor próprio uma nova geração de  pseudo discípulos…) e muitos outros que na nossa história passada, actual e futuras promessas, dignificam o futebol nacional, não seria justo alhearmo-nos dos feitos de uma lista de modalidades consideradas secundárias, como é o caso do judo, a canoagem, a vela, ciclismo, futsal e tantas outras prestigiantes, como por exemplo os paralímpicos, nem sempre avaliados com o mesmo peso mediático. É claro que não são estrelas Hollywoodescas, nem arrastam multidões e paparazzis ou gerem milhões em receitas de imagem, desportivas, televisivas e de imprensa. Mas de certo modo acabam por merecer ainda mais valorização pessoal e desportiva, porque sem contratos milionários e com as dificuldades com que se deparam, também suam e aliam a sua dedicação á representação nacional.
Por sua vez, dedica-se o desperdício de resmas de papel e tempos de antena nas publicações em tons cor-de-rosa, á prospecção da coscuvilhice alheia! Completamente invasiva e de especulação quanto á privacidade das pessoas, são muitas vezes reinventadas e aplicadas ao estilo das tácticas do James Bond, transformadas em imaginação perversa e mesquinha. Não que isto seja um elogio… porque na minha opinião, considero-o asquerosamente desrespeitosa e comparo-o até com a pedofilia, que por intermédio dos seus abutres  “Gadget”, não olham a meios para atingir as suas vitimas. Obviamente que algumas das figurinhas permissivas que se consideram Vips, navegantes seguidores ou aspirantes ao mundo do faz de conta, são veículos de mercadoria do tipo pastilha elástica que se alimentam disso… também pela fome de protagonismo. Felizmente que nem todos pertencem a essa “elite”, que nem é carne… nem é peixe! Mas infelizmente, nem todos conseguem fazer essa distinção, incluindo as audiências de baixa auto-estima cultural deste jardim zoológico, que aliciam este mercado casca de banana.
Num universo de diferenças, estou confiante que o expoente do factor selecção nacional no seu todo, vai ser elevado no campeonato Europeu de futebol 2012. Sem fazer prognósticos classificativos do final da prova, iremos de certo enaltecer o tricolor da bandeira com orgulho, a cada jogo e a cada fase que já nos habituamos a apoiar. Afastando a tristeza e vergonha, dos resultados das auditorias aos departamentos do estado, perante a descoberta de quantias ocultas etiquetadas por coelhos marotos, que vão saindo de certas cartolas ou carteis… e juntando a expectativa futura mas cautelosa, em relação á nova era de mágicos, que terão que ter no mínimo a qualidade de repertório “Cirque du Soleil”… vamos aproveitar as lufadas de ar fresco que forem aparecendo, para de maneira inequívoca e positivamente vibrantes na mesma equipa geográfica, falar a mesma língua, pronunciar alegremente as nuances do novo acordo ortográfico e em uníssono, torcer pela vitória de Portugal… projectada na vontade de  cada um de nós!

Andava o desgraçadinho no gamanço...

Ahh… não tem nada a ver! Desta vez não vou relacionar o título ao texto, nem falar desse tipo de corrupção. Também não vou fazer referências catastróficas ou de carácter fatalista, porque que não é meu apanágio. Já basta a publicação diária, do mau gosto de alguma imprensa, a plagiar autênticas marcas passadas da excentricidade do ridículo, como era o caso dos jornais “crime” e “incrível”! Aliás… repugna-me notícias com títulos hediondos a roçar o grosseiro, do espectáculo sensacionalista e degradante da comunicação social, na exploração excessiva de atrocidades com vista ao lucro sem escrúpulos, isentos de sensibilidade e de capacidade selectiva, sem qualidade de informação rigorosa e credível, a não ser simplesmente… o exercício do jornalismo doentio de baixo nível sem o mínimo de respeito, apenas no intuito de causar impacto e captar a atenção das personalidades mais vulgares e gelatinosas.


Já basta também, as televisões descarregarem e esgotarem repetidamente certas polémicas noticiosas ou formatos de alguns programas, que promovem a banalidade e se premeiam pela ignorância até á exaustão! Espanta-me a dedicação de todas estas redacções, a realçar a emancipação do lado sombrio e fútil da sociedade. Destacam com relevo e importância maior, uma insanidade inconsciente e ligada a uma percentagem menor, assim como uma grande parte de acontecimentos insignificantes exaltados por cargas dramáticas negativas, que não faz jus á liberdade de expressão com dignidade e se torna um atentado á perspicácia do bom senso público. Não quero com isto menosprezar as chamadas de alerta para alguns factores da sociedade e tenho muito respeito pelos sentimentos dos envolvidos em situações menos boas da vida. Mas considero que as influências e o eco que estes meios têm nas “massas”, poderiam ser canalizados com abordagens diferentes, utilizadas como uma ferramenta de inteligência e criatividade original ( elogio no entanto algumas iniciativas ), para um contributo bem vindo e valido de pro-actividade, na transmissão de optimismo através do destaque e exemplo de iniciativas empreendedoras, na pedagogia e educação cívica.
Numa altura em que se clama promiscuidade aos ventos pelas sementes da mudança, acredito que os portugueses e a sua envergadura heróica, vão ter uma acrescida e enorme capacidade de sacrifício, para superar com charters de coragem e determinação as tempestades que aí vêm! Neste contexto de apelo á unidade nacional, sem sermos obviamente ingénuos e alvos de oportunismos desmedidos, espero que haja entre todas as classes sociais, verdade, entendimento e uma cumplicidade solidária forte. Portugal está ferido num oceano de tubarões e como tal, não existe vantagem alguma em alguns radicais “ferro & fogo”, se manifestarem através de greves irresponsáveis. Essas atitudes asfixiam ainda mais uma economia que nos deve oxigenar, em vez de nos fragilizar e desprestigiar. Nunca como antes, a esperança no futuro dependeu tanto da fibra incutida no presente! De certo não vamos querer agravar diferenças ainda maiores e deixar uma herança pesada às gerações vindouras.
Desfrutamos de um clima agradável, temos óptimas praias, campo, paisagens serranas, uma gastronomia de excelência e acima de tudo, entre pequenos grandes defeitos a corrigir, somos um povo maioritariamente conotado pela honra, de natureza pacífica e com uma alma grandiosamente nobre. A suposta mobilização colectiva, vai-se destacar seguramente pela necessidade do uso de pó talco e pomadinhas para certos sectores da sociedade, até agora habituados a serem paparicados com água de malvas, em contradição ao calo de muitos outros, que já se habituaram a ripar das urtigas e lá vai disto!... Sublinho pois, a necessidade desta nova geração governamental, ter a obrigação de ser minuciosa e coerente, manter uma relação de proximidade, de diálogo e inspiradora de confiança perante os portugueses, justificando com resultados práticos, regularidade e transparência, as exigentes decisões que vierem a ser tomadas. Mas atenção…a impunidade diplomática de alguns, não deve servir como um protectorado de escrutínio judicial e de actos irresponsáveis, que acarrete preços altíssimos a suportar por todos.                 
Em virtude da necessidade de rigor que se impõe a Portugal e para que não nos comparem falsamente á Grécia, espero que os gladiadores épicos e obsoletos, instalados em anfiteatros e coliseus de arquitectura puramente sindical ou ideológica, se concentrem na manutenção do caminho para a bonança, marcando pela diferença a motivação á paz social nas medidas de concertação e convergência de interesses que nos são legítimas, em vez de justificarem supostas crises existenciais através de demonstrações de arrufos, resistências irritantes fora de contexto, sem sentido produtivo, vazio de inteligência e sem desenvolvimento intelectual. O significado de liberdade caracteriza-se na sua essência, pela supremacia do respeito e na igualdade de direitos. Apesar de tudo, este ainda é o nosso cantinho á beira-mar plantado!  Situados entre a subida do nível dos Oceanos e o degelo da Europa, que mais parece um glaciar a sofrer igualmente de subidas de temperaturas e dilúvios de temperamentos… será que teremos que construir uma nova arca de Noé ao estilo futurista?!

quarta-feira, 15 de junho de 2011

O paradigma dos novos garimpeiros agrícolas

De uma maneira absolutamente milagrosa e sensacionalista, como que da descoberta do filão de um novo minério precioso se tratasse, a agricultura outrora menosprezada, passou a ter um estatuto rejuvenescido de salvação nacional e digna de uma discussão intensa e mediática. No entanto, mais vale tarde do que nunca e é com regozijo que finalmente se vê o mobilizar de intenções válidas e construtivas, no incentivo a medidas que no meu entender já tardavam. Neste caso em específico e reforçando a abrangência ao sector primário no geral, espero que seja um novo despertar de participação conjunta para um recomeço de uma nova era e não se fique apenas pelo vigor da manhã do síndrome da bexiga cheia, assim como um “dejá vu” de outras situações ou temas de vital importância que depois de algum tempo caem no esquecimento.

Neste regresso ao passado, as palavras terão que dar lugar a estratégias aliadas em função da exigência dos tempos que correm. Sendo assim e “E-coli´s” á parte, falo portanto em condições para que o prosperar da confiança no investimento, seja encarada como uma solução estável e não como uma temerária incerteza no futuro planeamento profissional e pessoal dos seus intervenientes. Como consequência, também a de terceiros e seus dependentes. Este impacto aplica-se e reflecte-se também ao défice de investimento estrangeiro nas mais variadas áreas. Não é possível que em cada mandato governativo e até durante os mesmos, as regras do jogo sejam alteradas quer a nível contributivo, legislativo, ou outros vislumbres marcianos do momento, impostas e feitas por “Vickings”, alheios ás especificidades de cada sector em concreto. Isso seria um regresso ao passado… á maneira da Somália.

Outra das maiores dificuldades do nosso sistema caoticamente burocrático inspirado nos “Sex Pistols”, reside no facto da inércia instalada já ser uma imagem de marca confortavelmente aceite, numa cumplicidade de organismos públicos e que incide também na falta de legislação inteligente dos processos assim como a falta de cooperação e desorganização entre as excessivas entidades envolvidas. Perante as constantes oscilações de um mercado globalizado em constante mutação e para a necessidade de adaptabilidade, assume-se cada vez mais como complemento obrigatório, a formação e informação na manutenção astuta de empresas e respectiva preservação de postos de trabalho. No âmbito agro-alimentar, directa ou indirectamente, a sintonia com as ciências de investigação, são essenciais ao ciclo da produção sustentável com qualidade e rentabilidade, até ao consumidor final.

Nesta babilónia do conhecimento em versão actualizada dos descobrimentos, desde as incubadoras académicas até aos laboratórios privados, existe uma panóplia de inovações que desafia as leis da natureza, seja através de produtos transgénicos ou manipulação genética de células humanas. Esperemos que todas estas experiências sejam efectuadas de forma responsável, para que um dia destes não tenhamos de encarar algumas cobaias políticas formatadas em figuras da mitologia grega, num qualquer filme da moda em 3D. Seria um paradigma para Portugal haver cruzamentos de ADN!…  


A Europa de suspensórios

Não vai longe a memória de alguém que utilizou o termo: Portugal está de tanga! Mas não me vou concentrar literalmente no vasto exercício da visualização de tais imagens e sim, refina-la antes ao recato dos meus pensamentos, sem fazer análises pessoais de dúbias escolhas de bom gosto e poder com isso ferir outras susceptibilidades. Prefiro voltar ao tema e contextualizar o desenvolvimento da crítica, no âmbito real da interpretação metafórica desta frase, que deriva da gestão defeituosa da crise e das assimetrias de raciocínios dos vários lideres políticos, no que diz respeito ao que tem sido a defesa dos nossos direitos (ou á falta dela) no parlamento Europeu, com base nos sucessivos memorandos e entendimentos, da infeliz teoria de Portugal... como o antigo e eterno bom aluno da zona Euro?!!!

Já temos provas mais que dadas perante o mundo, do nosso talento e da capacidade criatividade, nas mais variadas áreas, tais como: arquitectura, indústria da moda e do calçado, tecnologias de informação e informáticas, telecomunicações, electrónicas, investigação e metodologias inovadoras na saúde, música, artes, representação, literatura, energias renováveis, futebol, variadas áreas de investigação em projectos de carácter científico, entre outras... Chega de atitudes complexadas de inferioridade e de submissão e vamos de uma vez por todas, fazer valer o nosso valor, encher o peito e conquistar uma posição de respeito e a respectiva equidade que merecemos. Mas como tal, o exemplo deveria partir de cima!…

Na minha opinião, que por convicção acredito ser uma opinião global, resume-se á   crescente desconfiança nas máquinas do poder, independentemente da cor partidária, que se traduz numa zona franca com um umbigo na ponta do nariz. Falta-lhes sentir o aroma da terra, o cheiro da brisa do mar e o pulsar do povo. Está viciadamente perra, fechada em si mesma e distante do verdadeiro âmago das questões reais, do país real. A sociedade civil dá assim o exemplo, começando finalmente a ter relevo nas iniciativas por mérito próprio e assume-se cada vez mais globalizada e competitiva. Ocorre-me um provérbio bem português, que retrata com exactidão esta situação em que vivemos ultimamente, que é: “ a carroça á frente dos bois…”

As únicas vezes que vemos o estéril figurativo recheio do parlamento no terreno, é em inaugurações com jantares e eventos de gala á borla ou nas alturas de eleições, como que uma procissão de marionetas em maratonas de visibilidade, repetindo um modelo desgastado com 35 anos, em vez de se dignificarem em disponibilizar tempo, para se abrirem á discussão externa, escutarem e sentirem “in loco” os cidadãos nas suas preocupações e projectos. É fundamental construir estratégias sólidas a longo prazo na Europa, em função das características de cada país. Eu arrisco-me a declarar que a Europa neste momento, assemelha-se a uma manta de retalhos como que uma estampa de países, á semelhança do padrão de um “Kilt” preso por suspensórios em dia de vendaval. Se a zona Euro não converge nas suas políticas de união, sugiro que no mínimo a tanga dos portugueses mais estáticos, comece a ser… de aço!

terça-feira, 31 de maio de 2011

Geração "en tenda"!

Desde a “primavera árabe”  nos países de tendência maioritariamente muçulmana, até mais recentemente na nossa versão, o “verão Europeu”, nas várias cidades como Lisboa, Madrid, Paris, e a adicionar mais algumas que virão… juntaram-se várias gerações dentro da mesma geração, quase que numa harmonia intemporal. Embora sem partilharem as mesmas ideologias religiosas, etnológicas ou políticas, envolveram-se  num idealismo comum de revolução pacífica, ao estilo dos anos 60 emoldurado numa tela de woodstock, com a vontade de marcar e influenciar legitimamente uma mudança, de um modelo de sociedade global cada vez mais disfuncional e insustentável a nível ecológico e ambiental, económico, social, cultural, humano, etc
A tendência está no regresso aos moinhos de vento para gerar energia; reactivar profissões primárias, como por exemplo a necessidade do cultivo de terrenos rurais ou mesmo urbanos, englobados no conceito de hortas comunitárias para a alimentação básica e com isso uma gestão consumista; convívios de proximidade e a criação de laços entre essas mesmas comunidades; optar pelo uso da bicicleta como meio de transporte, etc… Se fizermos uma análise e um resumo sumário dos acontecimentos mundiais mais marcantes nos últimos tempos, podemos registar uma crescente actividade hostil e desregulada do planeta, como que a reclamar respeito pelo mau tratamento que o homem tem exercido, sem pensar no impacto e nas consequências que daí advêm! 
Se continuarmos essa análise global, mesmo os mais distraídos se apercebem também, de algumas movimentações virais económicas e financeiras criadas em bazares bacteriológicos, chamados de organizações ou agentes de cariz mediático e de ideais enigmáticos, como é o caso da, Nato, G8, Washington, Bruxelas, Kremlin, Pequim, sector bancário, afins & associados… Mesmo que tentem maquilhar diplomaticamente discursos para opinião pública, os acordos das mais valias serão sempre a supremacia pelos recursos naturais, principalmente pelo petróleo. Passa quase a sensação, de uma anarquia organizada por hierarquias prepotentes, alheias e estagnadas de visões sãs, sem antevisões para soluções exequíveis em bases sólidas e de preservação de valores.
No entanto temos que admitir que o mundo continua a evoluir e mal de nós se assim não fosse! O grande entrave é que a maior parte das vezes, os grandes e notáveis pensadores, não são os protagonistas com a capacidade da decisão… Assistimos sim a nível mundial, a um crescente défice de liderança inteligente e equilibrada, falta de propostas consistentes, construtivas e objectivos de aplicação prática, ausência de união e convergência global nos pontos essenciais ao desenvolvimento sustentado. Precisamos de interacção e mobilização geral entre as várias camadas da sociedade. Segundo as leis da física, supostamente os opostos atraem-se. Deveria então haver um aproximar dos governos com carga negativa… aos seus povos de carga e força positiva!
Para quem não entenda tudo isto, pode sempre acampar numa qualquer praça… en tenda!

Quem anda á molha... chuva-se!

Na recta final de uma mini maratona legislativa frenética e discutida ao sprint, somos de forma agressiva e massiva, acariciados por repetidos espirros de uma pornografia platónica e filosófica, clamada e proclamada em voz rouca, pelos vários “tiriricas” da respeitabilidade, apelando ao voto e fazendo em cada cidade por onde passam, as suas arenas de obscenidade verbal e de retórica, convencidos ainda… que conseguem fazer prevalecer, perante um eleitorado cada vez mais acordado, os seus “shares” de audiência de “reality shows” e de egos empobrecidos, desprovidos de conteúdo!

Tornou-se claro que as expectativas são elevadas perante um cenário incerto, quanto á capacidade de entendimento e competência governativa dos magos desta república... Por esta razão e por tantas outras já sobejamente conhecidas, a palavra mais ouvida é: Crise! È a crise para aqui... crise para ali… e deixa-se para segundo plano um termo que é conhecido, mas nem sempre enfrentado com a devida coragem, que é: “A crise traz oportunidades”. E as consequências das inerentes e naturais preocupações, deveria ser precisamente, o concentrar na busca de acções e soluções perante os problemas.

Salvo certas situações de alguns corações fossilizados ainda em vida e de uma triste solidão de pensamentos, que nem sempre se reconhecem ou se assumem, o “Tuga” tem uma faceta que o caracteriza e diferencia positivamente, que é sermos um povo desenrascado. È curioso, que mesmo depois de muita energia gasta em escárnio e maledicência, a alternativa é sempre a mesma… aceitar repetidamente as exigências alheias que nos são impostas! Sugiro então, que se converta essa força e a tecnologia da sabedoria, em iniciativas próprias na construção útil de projectos e sonhos pessoais.

O medo de arriscar é legítimo e um sinal de racionalidade e de responsabilidade, mas quando acreditamos em nós próprios, não pode ser impeditivo de sentir a adrenalina do empreendorismo e de crescer interiormente. Há que viver em vez de sobreviver! O tempo não pára, o sol continua a nascer todos os dias e a meteorologia é algo que não podemos alterar. Mas o rumo e o destino está nas atitudes e decisões de cada um. O ano tem 4 estações e neste momento já não sabemos se chove em Agosto ou se temos bons dias de sol em Dezembro…por isso eu entendo a inércia, como um trocadilho de desculpas igual a nada. Resumidamente, um limbo entre o ser… ou não ser capaz!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Travessa cheia ou meia dose?

Dependendo é claro... do estomago de cada um, a desonestidade tem um sabor amargo e difícil de
engolir. Cria azia e más disposições. É nocivo á saúde da alma. Atrevo-me até a dizer, que corroi por dentro! Assemelha-se a um ninho de lombrigas de arame farpado, que rasga á medida que se vai digerindo...e entranha-se cada vez mais, até fazer parte integrante e indiferente da vida do seu hospedeiro.

Chamo a isto contágio! Mas no pior sentido da palavra e do contexto em que se insere. Poderia dar aqui inúmeros exemplos e de certo que alguém já passou de uma forma ou de outra por algumas situações.
Uns mais... outros menos, mas muito poucos ou até nenhuns, se podem orgulhar e dizer que nunca foram enganados, através da palavra ou por acções. Mas a verdade costuma prevalecer e a consciência é pesada!

Mas afinal o que quero dizer com isto? Pois!... Talvez por pensar que existia ainda muitas pessoas como eu, coerentes e verdadeiras, assumindo os seus valores e princípios, nem reparava em sinais que abundavam em situações várias do meu dia a dia... até começar a me sentir incomodado e ter a precepção de tanta falta de compromisso á palavra dada e da banalidade com que se ignoram despreocupadamente tais atitudes...

Reparo, na falta de consistência e na leviandade das promessas feitas por políticos...
Reparo, numa crescente desordem e no caos instalado em cada vez mais países...
Reparo, no bombardeamento de notícias e conversas, inspiradas na superficialidade...
Reparo, no egocentrismo, desprezando conceitos de ética, respeito, amizade, solidariedade...
Enfim, reparo como o termo, "salve-se quem puder", está cada vez mais presente...

Até que ponto, teremos o discernimento para nos conhecermos o suficiente, de tal maneira a sabermos equilibrar as nossas virtudes com os nossos defeitos,a fim de podermos conseguir controlar certas atitudes desproporcionadas em sociedade? Tenho a certeza que sem nos considerarmos moralistas ou até angelicamente tolerantes, podiamos contribuir para que também em simultaneo nos possamos sentir melhor!

E porque a razão principal de acreditar nos outros e em nós mesmos é a confiança... para mim aceito:

Travessa cheia!

terça-feira, 3 de maio de 2011

Estado da Nação

Devido aos tempos conturbados em que vivemos, dirijo-me desta maneira á sociedade, aos “media”, ao governo da Republica Portuguesa e a todos os dirigentes com responsabilidades políticas e de inevitável ligação a todo o cenário macroeconómico actual, no sentido de alertar consciências.
Sinto que como cidadão e atento aos acontecimentos que se têm desenrolado nos últimos meses, me obriga a fazer uma retrospectiva do estado da nação nos últimos 20 anos. Nunca antes me despertou tanto interesse em me manter informado acerca dos mais variados temas, desenvolvimentos das sociedades e a sua globalização, como nos últimos anos, definindo é claro, a minha própria visão, opiniões e atitudes acerca do inconsciente despejo para a opinião pública, de um exacerbar de negativismo, pessimismo, controvérsias de conteúdo oco, degradante e infantil, informação e contra-informação a que assistimos diariamente, usando os “media” como um instrumento de manipulação.
Entristece-me que Portugal se encontre neste momento num estado de descrédito mundial, de incapacidade, de falta de união e acima de tudo entristece-me ainda mais, a grande maioria dos portugueses não mudarem a sua mentalidade de vitimização e de comodidade mórbida, sendo completamente antagónico á generalidade dos valores de educação com que crescemos e objectivos de vida e para a vida, que deveríamos de assumir, evidentemente e também, tendo a consciência da realidade, das condições envolventes e á disposição de cada um, mas sem pôr em causa a capacidade empreendedora e o orgulho de construir um futuro melhor.
Por estas e muitas outras razões, decidi ter esta intervenção, mesmo sendo uma gota no oceano. Mas quem sabe, talvez mais gotas comecem a jorrar e se consiga criar uma chuva e uma corrente de positivismo, com a vontade de participar de uma maneira mais activa para uma mudança de consciências, de acordo com os direitos cívicos de uma sociedade justa, predisposta a uma etapa crucial, de viragem de mentalidades e atitudes.
Todos nós sabemos que o barómetro do desenvolvimento de um país, assenta na saúde do mercado de trabalho, que por sua vez se reflecte na capacidade financeira de cada cidadão individual e familiar, no consumo e em consequência, na sustentabilidade das empresas e instituições. Cada fase deste ciclo, deve ser gerido de forma moderada e com inteligência.
Cabe ao Estado dar o exemplo, saber utilizar e conduzir com bom senso á manutenção dos recursos que os contribuintes geram. Sou assim de opinião que o governo (tal como o parlamento), deve ser constituído pelo mínimo e por individualidades de várias ideologias políticas, inclusive e também da sociedade civil. Acima dos interesses de grupos económicos, sectários ou pessoais, está os interesses do país, contando com a competência e o profissionalismo de gestores públicos, relativas a cada área específica de actuação, com vencimentos justos mas não abusivos.
Realço também, a importância de Portugal ser um estado soberano, com cultura, história, uma identidade e personalidade própria e com uma imagem a defender. Sendo assim e cumprindo obviamente as directrizes da UE, temos a obrigação de sermos informados pelos nossos representantes na Europa, se realmente os nossos interesses estão a ser protegidos nas mais variadas áreas, sendo os exemplos mais relevantes de autonomia, entre outros, a agricultura e o nosso potencial geográfico e económico, referentes ás actividades relacionadas com o mar, desde a pesca ao turismo, passando por aquilo que eu acho pouco explorado, que é o facto de sermos uma potencial e privilegiada plataforma de trânsito aéreo e marítimo, circulação de pessoas, comércio de mercadorias, bens e serviços para a Europa e para o mundo, em que o nosso país se podia afirmar, maximizando inclusive, a nossa industria dos mais variados sectores e de apoio a infra-estruturas e empresas, expandindo outras agora adormecidas e que outrora foram uma das referencias nacionais, como é o caso da industria naval. Minimizando a dependência do exterior e dinamizando as nossas exportações com taxas aceitáveis, cresceremos…
Como já referi, sinto-me no direito como cidadão português e preocupado com os filhos e netos das gerações futuras, de contribuir com opiniões que considero de extrema importância no panorama actual e da verdadeira realidade do nosso comum quotidiano. Se será possível a nível técnico e na prática, penso que só depende da tal famosa imaginação, que nos caracteriza para resolvermos com firmeza os problemas. Se os nossos governantes juntarem uma pitada de boa vontade, idoneidade, trabalho, honestidade, coerência e competência… teremos a receita para o sucesso.
Não sou de acordo com privatizações de sectores chave, ao normal funcionamento e soberania de uma nação. Sou totalmente adepto do nosso conquistado estado democrático e consequente sustentação de igualdades sociais na saúde, educação e um sistema de segurança social aplicado com justiça, com absoluta transparência na sua gestão e sustentabilidade de maneira a merecer a confiança dos seus contribuintes.
Apoio a construção do novo aeroporto, linha do TGV também para transporte de mercadorias e todo o acesso ferroviário umbilical á Europa, plataforma logística do Poceirão e nova travessia do Tejo, desde que, com muita rigidez orçamental por etapas e sem favorecimentos, “lobbies” ou “jobs for the boys”, se aproveitem os fundos disponíveis da EU, para em protocolos de parcerias com o governo se possa desenvolver o motor de aplicação e rotação de capitais, sendo sustentado exclusivamente ou maioritariamente por investimento privado português, nomeadamente pelas empresas com essa capacidade e entidades bancárias, de forma a poder dinamizar também e em estreita articulação sub-contratual com as PMEs, ao decréscimo da taxa de desemprego e criação de riqueza interna.
Sou apologista também da descentralização do estado, em favorecimento de maior autonomia dos municípios, através da concentração de institutos e serviços, extinguindo entidades de existência útil duvidosa. Entre muitas outras soluções de redução da despesa, existe por exemplo a possibilidade da transformação de muitas empresas estatais e municipais, em empresas privadas, concessionando directamente aos seus funcionários a sua gestão  através de contratos e acordos mútuos, sem perdas de postos de trabalho. Desta maneira subtrai-se alguma da fatia de encargos do estado. As despesas da logística de funcionamento e sua organização fica a cargo dos mesmos funcionários, aumentando os níveis de auto-estima, motivação e produtividade. Estas empresas podem abrir-se ao mercado, com novos objectivos e visões mais alargadas, tendo a possibilidade de aumentar a facturação, criar novos postos de trabalho e no caso das regiões mais interiores e não só, poderem dinamizar economias locais e expandirem.
Existe também um assunto que penso estar a ser descurado, mas que é essencial ao futuro desenvolvimento e sustentabilidade de Portugal. Neste momento a faixa etária média dos portugueses continua a aumentar, ou seja, a população envelhece e a natalidade é baixa face ás dificuldades impostas, para o encarar da vida, o sustento familiar e a educação com o mínimo suficiente de dignidade humana. Sem dúvida, é absolutamente fulcral contribuir com benefícios económicos relevantes, a um dos progenitores ou ao casal na mesma proporção, alargar as deduções em sede fiscal abrangentes ao tema, assim como a aplicação do IVA mínimo a mais produtos indispensáveis e essenciais, tanto para o bebé como para a saúde da mãe. Assistência médica privilegiada e gratuita. Apoios alargados de arrendamento para habitação, numa selecção rigorosa pelo Igaphe. Enfim.. medidas que estimulem a natalidade…
Desperdiçamos também de maneira vergonhosamente distraída, um dos recursos mais valiosos do nosso património humano, que é a população sénior. De enorme valor para a sociedade, acredito fortemente que este seria um agradável contributo e de enorme importância a provar a sua utilidade e actividade em detrimento da solidão e inacção, em conjunto com as instituições e organismos locais, para o voluntariado assistido a causas sociais, a pessoas portadoras de deficiências, apoios ao domicílio, inclusive de outras camadas de população sénior a necessitar assistência… Em contrapartida, benefícios de isenção total de despesas de assistência médica, medicamentos, terapias desportivas, lazer, entre outras opções a considerar seriam retribuições justas pelos serviços prestados á sociedade. Assim como o aumento de trabalho especializado nas prisões, com vista a planos de reintegração social, á manutenção de instalações, mobiliário e serviços do estado, substituindo trabalho externo e reduzindo a despesa. Usufruir do trabalho activo das forças armadas, de serviços á comunidade como: Limpeza de florestas, zonas costeiras, etc
Temos também, o polémico código do trabalho e a insistência do patronato em querer mudar algumas medidas que flexibilizem as suas leis. Mais uma vez se demonstra nestas situações, a falta de visão a médio e a longo prazo e a mentalidade de alguns dirigentes. Ora, já não basta se discutir alguns euros de aumento nos ordenados mínimos, ainda tem por acréscimo nos dias que correm e com a instabilidade já instalada, se provocar a insegurança das pessoas pela preservação do seu posto de trabalho! As consequências e o impacto social, poderão ser muito mais negativas para a sociedade, como por exemplo: Alterações de humor, revolta e baixa de produtividade; variações psicológicas desaguando em casos de doenças e depressões, sobrecarregando o sistema de saúde e respectiva despesa; perda do poder de compra, condicionando assim a confiança no dia de amanha e a estagnação da economia e do mercado. Mais grave ainda em caso de desemprego, a falta do pagamento das despesas individuais ou familiares, criando assim o tal fosso económico.
Em tempos de crise e com as finanças públicas na insolvência, abriu-se a porta da nossa casa a estranhos, para nos darem instruções de gestão!... Num mundo globalizado, e numa evolução descendente de situações, em que as agências de “rating”, estranhamente funcionam impunemente, sob influências de monopólios especulativos e economias camufladas, nos pressionam constantemente e aparentemente já com um itinerário bem desenhado e um destino previsto. Por agravante, a assistência financeira externa estar a ser discutida por um sem número de pressupostos responsáveis exteriores dos vários quadrantes, alguns com uma extraordinária veia criativa de tendências destrutivas, mas mesmo assim com posições de supostas responsabilidades e de relevo. Questiono-me, se é desta vez que a liderança do governo que for eleito nestas legislativas terá a determinação, a coragem e a experiência de assumir com garras, á semelhança da lei da selva, a defesa do nosso território e dos nossos interesses, dependendo disso á maneira patriótica, a nossa sobrevivência.
Precisamos de uma nova revolução... desta vez da constituição e do sistema.
Dá que pensar!… Utopia ou não?!